Dormir bem é fundamental para você acordar com disposição, bom humor e o dia render melhor. Mas uma noite bem aproveitada, calma e escura pode trazer benefícios que vão muito além do sono. Pelos menos é o que dizem os estudos recentes. Até bem pouco tempo atrás, a melatonina, hormônio produzido pela glândula pineal durante a noite, era conhecida apenas por essa propriedade: regular o sono. Atualmente, diversos estudos vêm trazendo à tona mais vantagens dessa substância relacionada ao bem-estar e à saúde.
Segundo pesquisadores, a melatonina pode ajudar na redução de crises de enxaqueca, auxilia no controle da hipertensão e do diabetes e até no emagrecimento (veja abaixo).
Para tirar melhor proveito dos benefícios do hormônio, a melatonina deve estar em equilíbrio no seu organismo. Por isso, é importante que se evite assistir televisão, usar o celular, tablets e computadores perto da hora de deitar, pois a produção ocorre na ausência de luz – por volta das 21h- e é interrompida na presença da luminosidade, mesmo que artificial – a luz emitida por esses aparelhos “engana” o cérebro e o faz a achar que é dia. Daí a importância de se desconectar.
1) Xô, enxaqueca!
Um estudo recentemente conduzido por neurologistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comparou o uso de melatonina, placebo e antidepressivo receitado para aliviar crises de enxaqueca e chegou à conclusão que o grupo usuário de melatonina teve uma diminuição maior na frequência e na intensidade dos quadros de dor do que o restante dos participantes da pesquisa.
2) Hipertensão sob controle
Ao longo da noite de sono, a pressão arterial costuma cair 15% em relação aos níveis diurnos, exceto os que sofrem de hipertensão noturna e correm risco maior de desenvolver doenças ligadas ao coração. Pesquisas recentes, no entanto, mostraram que a suplementação da melatonina nesses pacientes melhorou o estado da doença, segundo especialistas.
3) Peso mantido
De acordo com pesquisadores, o sono saudável regula a produção dos hormônios que aumentam a fome e diminuem a saciedade. Portanto, a melatonina acaba exercendo um efeito indireto na manutenção do peso.
4) Diabetes controlada
Estudos realizados pelo Instituto de Ciências Biomédicas e de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) vêm acompanhando o efeito da melatonina sobre o diabetes. Desde então, os levantamentos demonstraram que o hormônio potencializa a ação da insulina, responsável pela entrada de glicose nas células. As pesquisas sugerem que se adicione a melatonina no tratamento da doença. Aliás, em 2013, uma investigação feita na Universidade Harvard já havia associado baixos níveis de melatonina durante a noite com um risco maior de diabetes tipo 2 em adultos.