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Daniela Alvarenga

Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Chocolate causa espinha? Mito e verdade

Não deixe que ele seja o vilão da sua Páscoa

Por Daniela Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jul 2020, 13h30 - Publicado em 9 abr 2020, 11h18
Chocolate causa espinha? Mito ou verdade por Daniela Alvarenga
Dê preferência ao chocolate amargo e meio-amargo. (Divulgação/Reprodução)
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Em períodos festivos ou de estresse e ansiedade, como na quarentena, é normal aumentarmos o consumo de chocolate, que nos dá uma sensação de acolhimento e prazer momentâneo devido à liberação do hormônio serotonina. No consultório, é muito comum ouvirmos de mães e avós de adolescentes, e dos próprios pacientes, que a culpa pelas espinhas que pipocam no rosto é do chocolate. Mas será que é mesmo?

O fato é que não existem estudos científicos que comprovem que o chocolate causa acne. Mas, antigamente, quando o paciente chegava reclamando de piora no quadro, a primeira recomendação era de que cortasse imediatamente o doce à base de cacau da dieta. Introduzíamos o tratamento e, após o controle da acne, liberávamos novamente o consumo.

Se, por um lado, é MITO a relação direta de causa e efeito entre chocolate e acne, por outro, é VERDADE que pesquisas comprovam que o alto índice glicêmico e certos ingredientes como leite, açúcares, aditivos e gordura hidrogenada contidos em alguns tipos de chocolate podem levar à acne.

A conclusão é que o chocolate em si não é inimigo de uma pele bonita. Pelo contrário. Ele ocupa o primeiro lugar no ranking de qualidade de antioxidantes (ORAC), pois é rico em alguns minerais essenciais (como potássio, magnésio e cobre) e em polifenóis. Ou seja, ele pode trazer muitos benefícios para a pele e para a saúde, como a prevenção de envelhecimento precoce e doenças cardiovasculares. Mas atenção: isso se for consumido de forma moderada (40 gramas por dia) e na sua versão mais saudável: amargo, com 70% de cacau. Quanto maior a concentração de cacau no chocolate, melhor a qualidade e os benefícios que ele pode proporcionar.

Já o  consumo excessivo do chocolate pode causar alguns malefícios. Em função dos açúcares, ele pode contribuir para o aparecimento de diabetes, piorar as taxas de colesterol e triglicérides, além de favorecer o ganho de peso. Isso a médio e longo prazos. Comer chocolate demais em um único dia pode causar náuseas, diarreia, dor de cabeça e irritabilidade.

Portanto, na hora de escolher o ovo de Páscoa, evite os “ao leite”, que têm excesso de leite, açúcar, aditivos e gordura hidrogenada. Os brancos, nem pensar,  pois só têm manteiga de cacau e outros compostos. O ideal seria optar pela versão amarga e meio amarga com uma alta concentração de cacau e sem leite. Mas quem sou eu para falar de ideal em meio a esta pandemia que já tanto nos limita, nos sensibiliza, nos ensina, piora nossa ansiedade e o estresse?

Se o ideal da dermatologista aqui não for o seu ideal, relaxe e se permita. Saboreie e fique feliz. Afinal, Páscoa acontece só uma vez por ano. Nesse período, intensifique a limpeza do rosto, usando uma gaze com movimentos suaves uma vez ao dia, e dê preferência a produtos mais secativos. Não se esqueça de retirar a maquiagem – se é que está usando na quarentena – e, se ainda não faz uso de probióticos, procure incluir de uma vez na sua rotina diária. Espinha, saúde da pele, imunidade e funcionamento intestinal estão muito interligados.

Boa Páscoa! Confinastê! Vai passar!

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