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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Teatro, por Claudia Chaves: “Eu não me entrego, não!” — uma unanimidade

Othon Bastos é a metáfora de uma característica de brasilidade

Por lu.lacerda
Atualizado em 3 jan 2025, 11h18 - Publicado em 3 jan 2025, 09h00
othon-bastos
Othon Bastos: com 70 anos de carreira, ator continua com seu monólogo aos 91 (Beti Niemeyer/Divulgação)
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Hoje existe uma unanimidade: as refeições cuidadosas, com várias etapas compostas de ingredientes raros, finos, produzindo pequenos pratos, todos deliciosos, que se combinam, surpreendem, aguçam as emoções e que, ao final, tornam esse conjunto um todo inesquecível, marcante. “Eu não me entrego, não!”, monólogo de Othon Bastos, escrito e dirigido por Flávio Marinho, renova-se em temporadas sobre temporadas, com ingressos esgotados — um banquete de teatro, com pequenos bocados, que são o melhor alimento para a alma e o coração.

Juliana Medella e Othon Bastos em cena (Cristina Granato/Divulgação)

Othon Bastos, aquele personagem representado pelo ator Othon Bastos, é a metáfora de uma característica de brasilidade: “o Sertanejo é antes de tudo um forte”. Com sagacidade, o texto de Flávio Marinho conta episódios/esquetes, cada qual como uma narrativa-começo-meio-fim, ou melhor, apresentação-desenvolvimento- conclusão.

A história começa com um demérito, quando a professora afirma que Othon não tem nenhum talento para ser ator. Assim, nosso herói já começa sua trajetória como o herói grego, cujo ponto de partida é o fracasso que terá de ser superado em cada prova. Esse é o primeiro elemento de catarse com a plateia. O fino humor (nada é trágico, amargo no texto) mostra como “a gente vai levando” é o caminho do sucesso.

Othon Bastos
(@brajterman/Divulgação)
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O espetáculo é um sucesso porque a trajetória do herói é, dos caminhos de narrativa, aquele que mais toca o público. E Othon também tem o seu duplo, o seu Sancho Pança, com quem dialoga a genial invenção da Memória. Juliana Medella, diretora-assistente, está lá como o ponto e o contraponto dos possíveis esquecimentos de Othon, assim como a contracena em algumas cenas.

Othon
(@mviniciusdemoraes/Divulgação)

Othon, que está no palco, é o narrador das vicissitudes, vitórias e das sortes que construíram a carreira de Othon Bastos. É também ator de múltiplos recursos (voz, corpo, entonações, gestual…), muitíssimo bem explorados sob a direção de Flávio, totalmente coerente com o caminho escolhido. O que vemos está ali, no palco, a nos transmitir a verdade mais básica: a essência do teatro é o ator.

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Serviço:

De 03 de janeiro a 23 de fevereiro, no Teatro Vanucci (Shopping da Gávea, Rua Marques São Vicente, 52, 3º andar), quinta, às 17h; sexta, às 20h; sábado, às 19h; domingo, às 18h. 

Ingressos entre R$ 75 e R$ 150

Claudia Chaves
(Arquivo/Arquivo pessoal)
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