Com mais de 200 castas nativas e um vasto leque de climas e solos, o país tem muito a oferecer
O lema dos vinhos dos vinhos portugueses é diversidade, o maior diferencial quando falamos dos vinhos de nossos colonizadores. A terrinha possui 14 regiões vinícolas, com 31 Denominações de Origem (DO), além de 14 Indicações Geográficas Protegidas (IGP).
A diversidade de terroirs (climas e solos) também é exuberante. Em seus quase 200 mil hectares de vinhos temos climas marítimos, mediterrâneos, semi-desérticos, continentais, indo do mar à montanha, com solos que vão da argila, à areia, passando por granito, xisto, calcário, entre outros. Isso multiplicando-se pelas cerca de 285 castas nativas em produção, tonam aquele pequeno país irmão, um dos que oferecem maior diversidade de vinhos do mundo.
O brasileiro ainda pouco conhece, contudo, desta variedade única, limitando-se geralmente nas regiões mais conhecidas por aqui, que são Alentejo, Douro e Minho (região dos Vinhos Verdes). As demais regiões são: Trás-os-Montes, Távora-Varosa, Dão, Bairrada, Beira Interior, Tejo, Lisboa, Península de Setúbal, Algarve, Madeira e Açores. Távora-Varosa, por exemplo, oferece espumantes de alto padrão, elaborados pelo método tradicional ou champenoise. O Dão, é chamado por muitos, de “Borgonha portuguesa”, dada a elegância de seus tintos e longevidade de seus brancos da casta encruzado. A Bairrada, terra da tinta baga, casta temperamental, que se bem trabalhada, gera o que classificaria como os “Barolos de Portugal”. Tejo e Lisboa tem vocação para vinhos frutados e fáceis, de custo-benefício, que podem ser de castas internacionais. A Península de Setúbal, tem em seu tesouro, os moscatéis doces, mas também os grandes tintos da Palmela, ápice da casta tinta castelão. A ilha da Madeira, tem em seus fortificados homônimos algo único no mundo, vinhos que traspassam século de guarda. Açores, outra ilha, está despontando com brancos minerais, como verdelho, o terrantez do pico e o arinto dos açores, que precisam ser conhecidas.