Está chegando a primavera, a estação das flores. Nos vinhos também temos flores em seus aromas.
Ao analisarmos os aromas do néctar de Baco é comum dividirmos estes diversos grupos, como frutas, especiarias ou flores.
É típico, por exemplo, encontrarmos aromas de violetas em tintos como os Malbecs argentinos e os portugueses Touriga Nacional. Nos italianos Barolos e Barbarescos não é raro acharmos aromas de rosas. Lavanda é outro aroma típico, este em syrahs e grenaches do sul da França.
Existe, no entanto, uma família de castas/uvas, nas quais os aromas de flores são uma característica marcante – são as chamadas castas brancas aromáticas. Os exemplos comuns são Gewürztraminer, Torrontés, Riesling, Alvarinho, Loureiro e Moscato. Essa última na realidade é uma família de castas com inúmeras variações, como a Muscat blanc à Petits Grains, Moscato Giallo, Moscato de Alexandria, Moscato de Hamburgo, entre inúmeras outras.
É quase obrigatório encontrarmos aromas de rosas nos Moscatos, Torrontés ou Gewürztraminer. Comum também nas castas aromáticas são os aromas de flor de laranjeira, jasmin, acácia ou flor de sabugueiro (comum em Rieslings, conhecida também como elderflower).
Como sugestões de vinhos para conhecer as castas aromáticas posso listar:
RAR Collezione Gewürztraminer, Brasil
Miolo Riesling Johannisberg Single Vineyard, Brasil
San Pedro De Yacochuya Torrontes, Argentina (na Grand Cru)
Alvarinho Soalheiro, Portugal (na Mistral)
Aveleda Loureiro & Alvarinho, Portugal (na TodoVino)
Aurora Moscatel Rosé espumante, Brasil