“Neste momento, em que não podemos experimentar o mundo lá fora, o vinho é uma forma de viajar sem sair da taça” Marcelo Copello
Você sabe qual a diferença entre DEGUSTAR e ENGOLIR? Você se lembra do último vinho que bebeu? Lembra do seu gosto, e aroma? Seria capaz de descrevê-lo? Será que você degustou ou engoliu?
Engolir é muito fácil, basta transferir o vinho da taça para a boca e o estômago.
Na degustação o caminho entre a taça e o estômago passa pelo cérebro e pelo coração. Degustar faz você pensar e se emocionar. Vinho é ao mesmo tempo Apolo e Dionísio. Vinho exige concentração, alguma técnica e experiência, imaginação, memória e paixão.
Para isso é preciso educar os sentidos, já que as sensações são subjetivas, mas percepção é objetiva. Pode parecer difícil, mas não é:
Vou dar um exemplo. Para quem gosta de pintura não é difícil diferenciar um Salvador Dali de um Renoir. Para quem gosta de música clássica o mesmo se daria entre obras de Bach e Chopin, por exemplo. Porque não ser obvia também a diferença entre um Cabernet Sauvignon, um Malbec ou um Pinot Noir? Qualquer adolescente distingue, ouvindo rock, em meio a vários instrumentos, o timbre da guitarra. Porque então, dentre tantos aromas de um vinho, não reconhecer, por exemplo, aromas de carvalho ou de uma fruta?